Ainda o Sangue (alheio) no FotoDicionário...

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(Foto da Agrades no PPP)

Aceitando o desafio da Agrades para desvendar o mistério

desta fotografia que ela enviou para Sangue, resolvi publicar

aqui o que descobri, por me ter sido impossível pôr todas estas

informações, na caixinha dos comentários da foto no PPP.

(foto e informações tiradas da net)

A escultura da foto da Agrades chama-se Rapto de Sabina.
(nesta foto sem sangue, pelo que deduzo que foi um “crime” cometido posteriormente ;-)!

É de José Seguiri, nascido em Málaga em 1954.

O Rapto das Sabinas
Rómulo tinha fundado uma cidade em que a maioria dos habitantes pertenciam às mesmas famílias. Era, por isso, necessário casar os Romanos com mulheres de outros povos. Reuniu-se o Conselho de Anciãos que decidiu enviar emissários Romanos aos povos vizinhos com a seguinte mensagem:
“Todas as cidades começam do nada, mas só as que gozam da protecção dos deuses e têm habitantes valorosos se transformam em grandes urbes. Todos sabem que foi por vontade dos deuses que surgiu a cidade de Roma e aos Romanos não falta valor. Seria, portanto, uma honra que casásseis as vossas filhas com habitantes de Roma”.
Os povos vizinhos não corresponderam ao pedido dos emissários romanos, sendo uns expulsos da cidade onde foram enviados e outros insultados pelos seus anfitriões.
Os Romanos ficaram indignados com esta reacção e maquinaram um estratagema para se apoderarem das mulheres dos povos vizinhos e deste modo garantirem a sobrevivência da sua raça.
Passado algum tempo, convidaram os seus vizinhos para participarem nuns jogos que iam realizar em honra de Júpiter. Vários povos corresponderam ao convite dos Romanos e entre estes os Sabinos que se fizeram acompanhar pelas suas mulheres.
Os jogos começaram e quando todos estavam concentrados no espectáculo, foi dado um sinal antecipadamente combinado para que os jovens Romanos se apoderassem das mulheres que estivessem mais próximas. As sabinas presentes nos jogos ficaram cativas dos Romanos.
Os Sabinos voltaram à sua cidade indignados, jurando vingança contra os Romanos. E assim começou a guerra entre Romanos e Sabinos. No início, os Romanos mostraram-se superiores, mas, valendo-se da traição de Tarpeia, os Sabinos conseguiram entrar na cidade. Quando os dois exércitos se preparavam para se enfrentarem, apareceram as mulheres sabinas que, desesperadas, gritavam:
- O que é que estais a fazer? Quereis deixar-nos sem pais e sem maridos no mesmo dia? Quereis que os nossos filhos fiquem sem pais e sem avós? Lembrai-vos que os nossos filhos são filhos de Romanos, mas netos de Sabinos. Se tendes vergonha por termos casado com os Romanos matai-nos a nós, porque preferimos morrer a ficar viúvas e órfãs ao mesmo tempo.”
Fez-se silêncio. Os soldados depuseram as armas e fizeram tratados de paz que uniram para sempre os dois povos que passaram a ser governados por dois reis: o romano Rómulo e o sabino Tito Tácio. A sede do governo continuou a ser Roma, mas a população foi dividida em 30 cúrias recebendo cada uma delas o nome de uma mulher sabina.

Para saberem um pouco mais sobre a obra de José Seguiri:

http://www.enriquecastanos.com/seguiri3.htm

http://www.galeriabat.com/obras/index.php?c_id=&a_id=10

http://images.google.de/imgres?imgurl=http://www.galeriabat.com/images/artists/896b.jpg&imgrefurl=http://www.galeriabat.com/exposiciones/%3Fe_id%3D75&usg=__rr3aiFceN5Q84VTfG0Fk7Vbmir0=&h=339&w=450&sz=127&hl=pt-PT&start=2&um=1&tbnid=WL-1YvRXsYKpCM:&tbnh=96&tbnw=127&prev=/images%3Fq%3DJos%25C3%25A9%2BSeguiri%26um%3D1%26hl%3Dpt-PT%26sa%3DN